sexta-feira, 29 de julho de 2011

A criação do mundo (final)

Fala galera ligada no Japão na Área!!!
Trazendo aki a ultuma lenda da criação do mundo pra vcs!! Espero que vcs tenham gostado.

A Visita de Izanagi à Terra de Hades

Como para a Deidade Izanagi, que tinha agora se tornado viúvo, a presença de tantos bebês deve ter, de alguma forma, o confortado, ainda quando ele se lembrava de como sua esposa que partira havia sido fiel, ele chorava por ela novamente, com seu coração partido de tristeza e seus olhos cheios de lágrimas. Neste estado, ele se sentava sozinho à meia noite, e chama seu nome várias vezes apesar de saber que não obteria resposta. Seus lamentos meramente ecoavam de volta nas paredes de seu quarto.
Incapaz de suportar a sua dor, ele resolve descer às Regiões Baixas para procurar por Izanami e trazê-la de volta , a qualquer custo. Ele começa sua longa e duvidosa jornada. Milhões de quilômetros separavam a terra das Regiões Baixas e haviam incontáveis passagens e lugares perigosos para se negociar, mas a determinação de Izanagi de recuperar a sua esposa o capacitou para superar todas estas dificuldades. Com tempo ele conseguiu chegar a seu destino. E distante dele, ele avistou um castelo grande.
   - Não há dúvida - ele falou satisfeito - é lá que ela mora.
Se enchendo de coragem, ele se aproximou da entrada principal do castelo. Onde ele avistou um grande número de demônios gigantes, alguns vermelhos e outros pretos, guardando os portões, com olhos alertas. Ele muda de rumo e se esquiva para um portão no fundo do castelo. Descobre para sua surpresa, que o portão havia sido deixado sem guardas. Ele se esquiva pelos portões entrando no interior do castelo, quando imediatamente avista sua esposa parada perto de um portão de um pátio interior. Feliz, a Deidade clama por seu nome.
- Alguém me chama? - soluçou Izanami-no-Mikoto, e levanta sua cabeça para olhar em sua volta. Para sua surpresa, ela vê seu amado marido parado no portão olhando para ela. Na verdade, ele havia estado em seus pensamentos como ela nos dele. Com o coração saltitante de alegria ela se aproximou dele. Ele tomou suas mãos gentilmente e murmurou:
- Minha querida, eu vim para levá-la de volta para o mundo. Venha, eu suplico, e terminemos nosso trabalho da criação de acordo com o desejo dos Deuses Celestiais... Nosso trabalho que foi deixado pela metadde por causa de sua partida. Como posso eu fazer este trabalho sem você? A sua perda significa para mim a perda de tudo.
Este apelo veio do fundo de seu coração. A deusa compreendeu-o profundamente, mas respondeu com profundo pesar:
   - Se eu pudesse! Você veio muito tarde. Eu já comi da fornalha de Hades. Tendo comido das coisas desta terra, tornando impossível para mim voltar ao mundo.
E assim dizendo, abaixou a sua cabeça em profunda tristeza.
   - Não, eu devo implorar para que voltes. Não podes pensar em um jeito para que isto possa ser realizado? - exclamou o marido chegando mais perto dela.
Depois de alguma reflexão, ela respondeu:
   - Vós vindes um longo caminho para me salvar. Oh! como eu aprecio sua devoção! Eu desejo, de todo o coração, voltar convosco, mas antes que possa fazê-lo, eu devo primeiro obter a permissão dos Deuses de Hades. Espere aqui até eu retornar, mas lembre-se que, enquanto isto, em hipótese alguma, deveis olhar dentro do castelo.
   - Eu juro, assim o farei conforme ordenastes -disse Izanagi - mas não retardes em vossa busca.
Confiando nas garantias do marido, a deusa desaparece para dentro do castelo.
Izanagi observou literalmente as observações de sua esposa. Ele ficou onde estava, e esperou impacientemente pelo retorno de sua esposa. Provavelmente para sua mente impaciente, um simples bater do coração deve ter parecido uma eternidade. Ele esperou, esperou, mas nenhuma sombra de sua esposa aparecer. O dia gradualmente chegou e se foi, e a escuridão começava a cair, e um vento estranho começou a soprar em sua face. Corajoso que ele era, foi tomado por um estranho sentimento de apreensão. Se esquecendo das promessas que fizera à deusa, ele quebrou um dos dentes de um pente que ele usava no lado esquerdo da cabeça, e o ascendeu, ele entrou pé ante pé, olhando a sua volta. Para seu horror ele encontra Izanami morta em um quarto, e de repente, acontece uma mudança nela. Ela que sempre fora maravilhosa, havia se transformado em um corpo podre, em avançado estado de decomposição. E ainda para maior horror que seus olhos podia ver; o Trovão de Fogo residia em sua cabeça, o Trovão Negro em sua barriga, o Trovão da Entrega em seu abdome, o Trovão Jovem em sua mão esquerda, o Trovão da Terra em sua mão direita, o Trovão Ressonante em seu pé esquerdo, e o Trovão do Sono em seu pé direito. Ao todo, oito Deidades-Trovão haviam nascido e residiam lá, presos ao que sobrava dela e cuspindo fogo de suas bocas. Izanagi-no-Mikoto horrorizado com esta visão, deixa a luz cair e sai disparado. O barulho que ele faz acorda Izanami de seu sono da morte.
   - Céus - ela grita - ele deve ter-me visto neste estado revoltante. Ele me envergonhou e quebrou seus votos solenes. Miserável trapaceiro! Eu o farei sofrer, por seu perjúrio.
E se voltando para as Bruxas de Hades, que atendiam à ela, ordena para irem caçá-lo. A seu comando, um exército de demônios femininos saem à caça da Deidade.
Habilmente, Izanagi joga sua coroa no chão e esta se transforma num cacho de uvas. Os demônios param para apanhar mas voltam a correr atrás do Deus. Novamente, Izanagi atira ao chão outro objeto: os dentes que restaram do pente e estes transformam-se agora em brotos de bambu, que os demônios param para apanhar.
Quando Izanagi alcança a boca do inferno, apanha três pêssegos maduros e arremessa-os contra a horda que continua a persegui-lo. Desta vez os demônios fogem e Izanagi agradece aos pêssegos que lhe tinham salvo sua vida. A partir de então, como haviam prestado socorro à sua divindade, os frutos do pessegueiro ajudariam os humanos do Japão quando necessitassem de auxílio, tornando-se frutos divinos.

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